Menos é Mais? 8 Factos Que os Designers Precisam Saber

Tome atenção à logística das cores, aos tamanhos, formas e movimentos, para obter o equilíbrio desejado no seu próximo Web Design.

Aqui estão 8 factos que precisa saber para tornar o espaço em branco num projeto.


1. Entender claramente. Interpretação = Perceção

Perceber que o web designer é o intérprete da sua própria linguagem ou código, é uma grande batalha na transformação da sua interpretação do projeto para o público.

Eu interpreto que dois meios círculos (iguais) = um círculo completo. Esta noção não é pré-concebida, é desenhada com base na minha própria interpretação instintiva.

Quando o cérebro humano observa um objeto ou uma imagem, o processo de pensamento "percetivo" categoriza instintivamente as suas características básicas.

O próximo passo espontâneo que o cérebro adota é encontrar um lugar dentro do seu banco de memória que corresponda ao objeto ou imagem.

Quando aplica o seu design ao espaço em branco, a ação do utilizador "deve" obedecer à sua instrução - que é o objeto, a imagem ou a mensagem que está a traduzir.


Como Funciona

O processo instintivo e espontâneo que o cérebro usa para "descobrir" as características da imagem, está enraizado no conceito de "Gestalt" em psicologia. Gestalt significa "o todo é maior que a soma das partes".

Este conceito suporta a ideia de que as pessoas interpretam e percebem imagens na sua forma mais simples possível.

A nossa mente age espontaneamente no reconhecimento de formas básicas, tomando uma decisão sobre o que fazer com elas (significado = interpretação).

2. Teoria da logística no espaço em branco

A Lei da Proximidade e o estabelecimento de uma clara diferenciação de fronteiras é fundamental em qualquer peça de design.

Os "objetos" que têm uma semelhança partilhada, como a cor, contraste, forma, contorno ou movimento, são instintivamente interpretados pelo nosso cérebro como pertencentes ao mesmo grupo ou parentesco. É por isso que é importante esclarecer as relações ao usar espaços em branco, garantindo que traçamos os limites definitivos.

3. Equilíbrio do Esteticismo

A regra principal em web design é EQUILIBRIO.


O equilíbrio é, na sua essência, o que estabelece um arranjo do espaço negativo eficaz.


Vamos considerar a analogia de estar no supermercado, no auge de uma tarde de sábado. Os corredores desordenados e superlotados, problemas para manobrar o seu carrinho de compras, para não falar de todos os outros fatores interessantes e confusos. Ainda assim, é uma distração quando tentamos uma intenção específica.


Considerando que não entramos on-line com a intenção de pesquisar métodos de investigação adicionais, muito conteúdo sobrecarrega o utilizador e é uma distração. Muito pouco conteúdo, no entanto, certamente chamará a atenção para um ponto de foco na página. Mas cuidado, a minimização aplicada incorretamente pode criar o efeito de incompleto ou de falta de elementos.


O equilíbrio deve ser traduzido na melhoria da organização do conteúdo, com o intuito de facilitar a compreensão. A priorização de elementos hierárquicos, reduzindo a desordem e adicionando conteúdo que ofereça suporte aos utilizadores, são fatores essenciais no uso de espaços em branco.


4. Carga cognitiva

O poder mantido no espaço branco de autenticação, vem dos limites da atenção e memória humanas.

Em "não faça o utilizador pensar", o cientista George Miller divulgou as suas descobertas, em que a nossa memória a curto prazo normalmente pode reter entre 3 a 6 itens antes de cair no esquecimento - métodos de interpretação e disseminação, tais como agrupar partes relevantes para as tornar mais memoráveis. (Lembre-se do conceito anterior - O todo é maior que a soma das partes)

Muitos elementos numa página causam tensão na interface cognitiva: uma sobrecarga mental, uma distorção, reduzindo a eficácia da sua mensagem e a perceção do utilizador sobre o seu significado.


5. Atrair atenção

Psicólogos constataram que demoramos um décimo de segundo para formar uma impressão, e alguns segundos para transmitir uma mensagem. Assim sendo, é absolutamente essencial transmitir os elementos que interpretamos para o espaço negativo.

Ao permitir que elementos importantes sejam o ponto principal do espaço, estabelecemos uma hierarquia em relações contrastantes.

Por exemplo, se tem uma obra de arte, uma pintura, e quer que ela chame a atenção, a galeria de arte recomendaria: A) colocar numa moldura? ou B) Ter alguma ação para se certificar de que não existe mais nada na parede para além da pintura?

6. Usabilidade não é opcional


Cada detalhe do uso do espaço em branco tem um significado. O que removemos do design é tão importante quanto o que adicionamos. Tudo o que fazemos precisa de planeamento e propósito. Só porque temos espaço para "mais uma inovação", não significa que o devemos preencher.


7. A mensagem empática em que o conteúdo é REI

Quão definida é a sua declaração?

Simplificando, tentar dizer demais equivale a uma mensagem excessivamente complicada. Um bom conceito, é aquele em que o conteúdo corresponde ao estilo do design.


O tamanho não serve para todos. Ao usar o espaço negativo, a alta qualidade e o conteúdo ilimitado que os consumidores podem realmente consumir e digerir, é aquilo que nos fará ser melhores.


8. De rascunho a obra de arte - Edição

Este é o calcanhar de Aquiles para muitos web designers. O sentimento de saber quando "está pronto", intuitiva e interpretativamente, pode definir o resultado da sua campanha.


Analise, adapte e remova todos os elementos ou conteúdos que não se relacionam diretamente com o foco principal. Tenha em mente que pode sempre adicionar posteriormente novas abordagens inovadoras.

No desenho de uma linha

Porque é que todos acham que, simples, é mais sofisticado e bonito? Provavelmente porque simples é cientificamente mais fácil de processar para nós.

Sites de complexidade reduzida não exigem que os nossos olhos e cérebros trabalhem muito e decidam uma ação.

O esforço que temos em priorizar a ordem e o equilíbrio dentro do espaço, é alcançado por estarmos atentos e controlados, no mesmo peso aplicado à logística de cores, tamanhos, formas e movimento.